03 abril, 2009

Para Hallan!


E foi assim que ela descobriu o quanto se importava com ele, ou egoístamente o quanto ele era importante pra ela.. depois de dias tumultuados, preces constantes, e declarações involuntárias.. invadida pelo medo, ela se perdeu... chegou tão longe que achou o que tinha guardado a tempos, seu coração.
Decidiu que não iria se entregar tão facil, devido à todas frustações anteriores, decidiu que queria ter certeza, decidiu deixar acontecer. Em em 7 meses, percebeu que não queria mais nada pro resto da vida dela, mas, quanto tempo ela ainda tem?
Ele a amava, mais do que ela a ele, pelo menos, isso era o que ela ficou com medo de que pensassem, o amor da menina era colérico, daqueles que dói, daqueles que se tem vontade de chorar... mas só era doloroso assim, por não ser solto, por não ser livre.
Ela começou a se sentir desinteressante, começou a se sentir feia e burra, nem namorada era.. nem esse papel cumpria direito. Sorria, cantava e abraça os amigos, representações que aprendera tão bem com suas aulas de teatro! Estava infeliz. Ela é orgulhosa. Não queria piedade.
Achou que ele merecesse coisa melhor, talvez não fosse suficiente ficar de mãos dadas, assistir filmes em casa ou ficar no escuro no quintal ela sentiu que nunca cumpriu bem seu papel, talvez porque nunca tivesse vivenciado isso antes.
Ao mesmo tempo que ele pareceu melhor que a menina, todas as "outras" também pareceram.. e a insegurança voltou a pairar sua cabeça.. já passou por tantas desilusões, que em algum ponto, achou que aconteceria tudo de novo. E se desesperou, chorou, chorou e chorou.. contou com o colo dos amigos, mas não teve coragem de falar com aquele que lhe causava arrepios ora de prazer e ora de medo..
Então ela resou, como sempre costuma fazer quando algo fogo ao seu controle. E a oração ao invés de acalma-la a deixou mais nervosa e medrosa. Agora havia percebido o quanto foi idiota, em tirar a responsabilidade de seus relacionamentos de suas costas e as empurrar para os outros, como se todos eles, fossem culpados pelas suas dores.
Quando o encontrou, não conseguiu nem beija-lo! Parecia que ela havia traído tudo o que, juntos, eles queriam.. quando ele partiu, ela percebeu que não queria ficar longe dele, e que guardar seus sentimentos não faziam mais sentido, posto que ele já os possuia, era dono e senhor de tudo que a menina queria, sonhava e poderia ser. Sentiu que o perdera, e dormiu entre lágrimas e soluços abafados pelo travesseiro.
Confusa ela sempre foi, medrosa também. Será que isso passa?

03 fevereiro, 2009

bad day!

me perguntaram hoje como eu estava.
respondi:
- eu tô bem!

eu sempre odiei respostas automaticas, daquelas que a pessoa nem pensa pra responder, mas foi assim que eu respondi.
senti um frio na barriga, e uma vontade de dizer, não! não to bem, você tem tempo pra ouvir minhas reclamações e meus problemas ou sua pergunta sobre meu bem-estar é tão automatica quanto minha resposta?

mas fiquei quieta.

21 dezembro, 2008

E lá vai mais uma vez!

Ah! quem diria que a menina se deixaria seduzir assim..
parece que não aprendeu com o primeiro amor, que nem tudo é o que parece.
Ele diz que a ama, e ela sorri..
é um método de defesa,
ou é um jeito de não mentir..?

11 dezembro, 2008

A falta.

Ela acordou, passou a mão do lado esquerdo da cama de casal,
e sentiu falta do que nunca teve.

07 dezembro, 2008

E fui andando sem pensar em mudar; mudar do que? de caminho, de vida, mudar a cor do esmalte ou a matéria toda que abriga minha alma? Não.
Sei que não quero mudar. Nada. Nadinha.
Nem de familia, nem de emprego, nem de carro, nem de amado, nem de amigos.
Satisfeita? Não.
Mudança não melhora, mas limita sua vida entre o antes e o depois da mudança. A mudança pode ser pior ou melhor, depende de como você enxerga ou como você reage.
Agregar, essa é a palavra.
ela reuni, melhora, divide, ensina, cura.

Quero agregar meus sonhos às minhas realizações.
Quero agregar meus amigos e familia ao meu cotidiano.
Quero agregar conhecimento.
Quero agregar valores.

E você, quer agregar o quê?

04 dezembro, 2008

Descalça.

E ela pisou descalça no alfalto, aquecido pelo sol do meio-dia,
em primeiro instante, reclamou...
depois, pela primeira vez na vida, sentiu-se confortável!